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O BRASIL PODE PRODUZIR A CARNE QUE O MUNDO QUER?

O Brasil se consolidou como um importante produtor de alimentos para o mundo. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento demonstram que o valor bruto da produção (VBP) agropecuária em 2021 deve ser 12% superior ao observado em 2020. Nesse cenário, a carne bovina é um item que se apresenta como referência de faturamento e deve crescer cerca de 10% este ano.

 

A bovinocultura de corte brasileira é uma referência do termo “competitividade” no cenário internacional. No início dos anos 2000, o Brasil exportou cerca de 188 mil toneladas de carne bovina in natura, já em 2019 rompemos a marca de 1,5 milhão de toneladas. A desvantagem do Brasil em relação aos seus concorrentes no mercado internacional é a heterogeneidade do nosso produto, o que nos coloca como concorrente da Índia na disputa por mercados de carne commodity, como a China e os países do Oriente Médio. Os Estados Unidos e a Austrália, por exemplo, conseguem acessar de forma muito mais eficiente os mercados mais exigentes em termos de qualidade e que pagam mais pelas características atrativas.

 

Nosso mercado interno está se tornando mais exigente e disposto a pagar mais por produtos diferenciados.  Essa evolução do consumidor brasileiro impulsiona a indústria no sentido da premiação por qualidade e o fortalecimento das relações comerciais com os pecuaristas, investindo nas chamadas “marcas de qualidade” e “cortes especiais”. Um dos reflexos mais marcantes observados no mercado da carne é a diminuição significativa de bovinos mais “erados” (6 e 8 dentes permanentes) nas linhas de abate, com carcaças mais pesadas e com melhor acabamento.

 

Além dos programas de certificação que direcionam seus critérios de bonificação para as características das carcaças e qualidade sensorial da carne, existem iniciativas produtivas que focam na questão do meio ambiente, um problema mundialmente discutido. O Conceito da “Carne Carbono Neutro”, desenvolvido pela Embrapa, tem como objetivo certificar a carne pela ótica da diminuição da emissão dos gases de efeito estufa. São modelos de produção intensiva que, por meio da integração lavoura-pecuária-floresta ou pecuária-floresta, tenham suas emissões de carbono neutralizadas.

 

O produtor brasileiro está muito mais atento e disposto a investir em técnicas de produção que estejam sintonizadas com as exigências de um mercado em evolução. O país está gradativamente se preparando para atender a demanda e abastecer o mundo com proteína animal de excelente qualidade e com a devida segurança do alimento.

 

Para ficar por dentro de todas as informações do mercado Kosher, siga-nos nas redes sociais e acesse www.klmkosher.com

 

Fonte: https://www.espacoagrorhural.com.br/posts/o-brasil-pode-produzir-a-carne-que-o-mundo-quer-secao-bovinos

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